O papel do arquiteto na produção de HIS em comunidades tradicionais: o caso do quilombo Santa Cruz

Através do relato da experiência de extensão universitária junto a comunidade remanescente do quilombo Santa Cruz, em Santa Catarina, o presente artigo busca refletir sobre a prática da arquitetura e do urbanismo em contextos específicos e, por consequência, contribuir com novas experiências em comunidades tradicionais. Para isso, são apresentados os caminhos de elaboração do projeto arquitetônico participativo, bem como a sua viabilização através do PNHR e efetivação por meio de um arranjo institucional específico. É adicionado à reflexão, ainda, o processo de execução das moradias e os conflitos que a delinearam. Por se tratar de uma experiência em andamento, apresenta, portanto, reflexões parciais acerca do papel do arquiteto e urbanista nas especificidades do trabalho participativo em comunidades tradicionais. Assim, evidencia-se a relevância de entender a comunidade a partir da vivência, aprendendo e respeitando suas lógicas próprias. Também trata da importância do envolvimento de diversos agentes, dentre os quais o arquiteto, que desempenha uma função mediadora do processo e não centralizadora de decisões. E, ao conhecer um pouco mais desta realidade, conclui-se que o trabalho não se encerra na finalização do projeto, mas que deve ser continuado, a fim de atender às dinâmicas locais. Palavras-chave: Quilombo; PNHR; HIS; projeto participativo; canteiro de obra; Santa Cruz

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ISBN
978-1-944214-31-9