Limites e Perspectivas do Planejamento e Urbanismo na Contemporaneidade

Este artigo tem como objetivo discutir os limites e perspectivas do planejamento e urbanismo em um momento de inflexão marcado pelo surgimento de uma economia financeira globalizada, neoliberal, em todo o mundo. Trata-se de um contexto de exaustão do modelo de cidade industrial e a emergência de um novo paradigma de cidade financeira. Nesse sentido, serão analisadas as origens e mudanças do planejamento urbano, comandadas por transformações econômicas e tecnológicas, no sentido de entender a “genealogia” do virtual que contribui para explicar a realidade urbana contemporânea. A cidade industrial é diferente da cidade virtual. O tempo da máquina é marcado pelo relógio. Na Inteligência artificial não existe marcação de tempo. Não há programação. As coisas acontecem pela conexão em tempo real, on line. O planejamento deixa de ser a construção de um problema cuja solução requer uma ação no futuro. No ciberespaço o problema é a solução. Não há intervalo de tempo entre um e outro. A figura do arquiteto se torna secundária, para não dizer dispensável. No mundo virtual, é o consumidor que projeta sua mercadoria. As plataformas digitais permitem, em tempo real, realizar o seu desejo, independente de um planejamento e um projeto realizado anteriormente. O planejamento e o projeto, na era da inteligência artificial, são realizados por meio de plataformas digitais que permitem viabilizar desejos de forma concreta e imediata. É necessário se pensar o planejamento urbano e o projeto de arquitetura com esse novo olhar. Contra os avanços tecnológicos, não existem limites.

Volume Editors

ISBN
978-1-944214-31-9