Em busca de cidades caminháveis: Por que esqueceram da ergonomia?

Vivenciamos a ergonomia a todo momento e todos os dias. No entanto, nós não temos consciência disso já que a ergonomia lida com as relações intrínsecas entre corpo X espaço. Trazendo-a para o contexto urbano, quando pisamos na cidade através de seus diversos espaços públicos urbanos, estamos vivenciando a ergonomia através da caminhabilidade por um tripé composto pelo ambiente construído, por nós como usuários urbanos e pela nossa própria percepção espacial. Se nós estamos constantemente interagindo com o espaço no qual nos inserimos – e assim, trocando informações incessantemente com ele, podemos assim afirmar que a avaliação ergonômica de como os pedestres reagem e se comportam espontaneamente nas calçadas, diz muito sobre a qualidade dos espaços públicos urbanos. Ressalta-se que num contexto urbanístico de aparecimento de vários índices, ações e movimentos em prol de cidades mais caminháveis, o presente artigo tem por objetivo fomentar ainda mais essa discussão ao inserir a Ergonomia nesse campo de atuação e de estudo – que é ainda praticamente inexistente. Assim, é a partir dessa lógica que a “Ergonomia Caminhável” se baseia e podemos entendê-la como o conjunto de estudos que envolvem a questão do pedestre nas cidades em termos não só físicos, mas também psicológico, socioculturais e ambientais. Sendo assim, dada a temática emergente, espera-se contribuir efetivamente com essa nova interpretação já que a Ergonomia pode servir como uma ferramenta no subsídio de diretrizes de projeto, planejamento urbano e/ou de políticas públicas.

Volume Editors

ISBN
978-1-944214-31-9