Author(s): Emilly Arielle Santos Silva, Fernando Antonio Santos De Souza, Flávia Tauane Santos de Santana & Vicente Da Silva Monteiro
Este texto propõe a discussão sobre o “urbanismo de risco”, com o objetivo de debater a intervenção urbanística em faixas de domínios de redes de transmissão de eletricidade de alta tensão e gás, na perspectiva do enfrentamento de riscos decorrentes da implantação dessas redes, entendendo o risco como sinistro e não só como frequência, como sugere a literatura. É um estudo que tem como referência a experiência desenvolvida pelo Escritório Modelo Trapiche, pela disciplina de Planejamento Urbano e Regional do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Sergipe e pelo Coletivo Saúde Moradia, junto à faixa de domínio da rede de distribuição de energia elétrica de alta tensão e do gasoduto que cortam o Bairro Rosa Elze, em São Cristóvão, cidade pertencente à Grande Aracaju, capital do estado de Sergipe. Constata-se uma realidade que ao mesmo tempo em que submete a população à situação de risco concreto, esconde a manipulação simbólica sobre a condição de “risco”, cujo significado é construído no sentido de proteger as redes distribuição de energia com “segurança” e com o menor custo possível e aceitação social. Tendo em vista proteger a população afetada, só resta o caminho orientado pela via política do direito à cidade que é negado à população envolvida.
Volume Editors
ISBN
978-1-944214-31-9