Author(s): Renata Latuf De Oliveira Sanchez
Em 2016, a cidade do Rio de Janeiro sediou a XXXI Olimpíada, cujo impacto em termos de transformações urbanas e arquitetônicas tem sido objeto de estudos científicos em diversas áreas. No entanto, a revisão bibliográfica sobre legado olímpico aponta que pouco tem sido estudado em termos de Desenho Urbano, sendo o legado comumente analisado em termos econômicos, políticos, ambientais ou por uma perspectiva de macroplanejamento urbano. A partir desta lacuna, procura-se compreender as consequências das estratégias de desenho urbano adotadas em dois projetos: o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas, localizados na Barra da Tijuca. As análises visam avaliar como o legado desses projetos se relaciona com o ambiente urbano e a cidade. Como metodologia, optou-se pela análise comparativa com os Jogos Olímpicos de Londres 2012, bem como com os parâmetros de projeto urbano atualmente recomendados pela literatura da área. Para tanto, avaliam-se os seguintes aspectos: i. participação da população; ii. metodologia de seleção dos projetos de desenho urbano; iii. relação entre o estado da arte das teorias urbanísticas e os projetos executados; iv. relação com a cidade; e v. relação entre poder público e privado na realização dos projetos. Parte-se da hipótese de que a alteração no masterplan de legado do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, ao ceder às exigências dos agentes imobiliários incluindo transformações em parâmetros urbanísticos edilícios na legislação, sem um plano local de desenho urbano, restringe as possibilidades de as Olimpíadas de 2016 deixarem um legado original em relação ao Desenho Urbano no Brasil.
Volume Editors
ISBN
978-1-944214-31-9