Author(s): Andrea Amato Muner, Beatriz Franco Martinez, Camila Audrey Ferrara & Camila Pinto De Souza Sawaia
Se considerarmos a paisagem a totalidade que acontece a partir da expressão humana, então, a cidade é a tradução das manifestações, da criação e das impressões de cada indivíduo urbano (Lima, 2017). Sendo assim, onde vemos a expressão dos indivíduos crianças sobre a paisagem? Como podem elas se expressarem num ambiente que mais quer isolar do que acolhê-las? Somos o grupo de extensão CoCriança e existimos com o objetivo de engajar crianças para transformar os espaços livres nas cidades. Buscamos resgatar a voz e a vez da criança na construção e ocupação dos espaços públicos que fazem parte de seu cotidiano. Durante nossa atuação em dois lugares distintos da cidade: Jardim Elisa Maria e Vila Anglo Brasileira, fomos percebendo que as diferentes localidades exprimem diferentes urbanos os quais, em suas pluralidades, permitem ações diversas e recebem também atenções e investimentos distintos. Na periferia é sempre mais difícil. Partindo desse contraste, gostaríamos de propor uma reflexão que possa sugerir tópicos a serem considerados em um processo mais geral de formulação de respostas. Nesse sentido, partimos da ideia de direito à cidade, e, mais ainda, de direito à paisagem, para buscar refletir acerca de seu poder emancipatório inserido na luta pela cidade, que necessariamente implica uma interseccionalidade de contextos, de infâncias, de possibilidades.
Volume Editors
ISBN
978-1-944214-31-9