Coautoria Urbana: Comuns e maneiras de fazer

Este artigo busca desenvolver o conceito de coautoria de cidade, tratando de elucidar como e por qual razão os cidadãos criam novas cidades através de suas respectivas formas de apropriação, uso e percepção do espaço, podendo estas serem subversivas ou não. Sabe-se que, dependendo de como e por quem os usos urbanos são propostos, por exemplo, a cidade pode tornar-se mercadoria que exclui determinados grupos de cidadãos e, por necessidade ou provocação, eles podem responder através da ocupação subversiva, modificando de alguma forma aquele espaço. Portanto, o cidadão que compartilha a autoria de cidade com autores reconhecidos pelo senso comum – urbanistas, políticos etc., colabora em sua construção, seja participando ativamente através da sua apropriação, ou simplesmente existindo. No presente artigo, então, o conceito de coautoria urbana é desenvolvido através da ideia de comunalização (HARVEY 2014) – consequência do compartilhamento das cidades criadas por cada ator, e das “maneiras de fazer” (CERTEAU 2014), responsáveis pela organização dos coautores em camadas conforme suas respectivas formas de ocupação da cidade, aqui chamadas “cidadãos ‘formais’”, “cidadãos marginalizados” e “ativistas urbanos”.

Volume Editors

ISBN
978-1-944214-31-9