Author(s): Thaiza Luiza Costa Santos
A principal forma de acesso à moradia para população de baixa renda no Brasil é a autoconstrução. No entanto, como arquitetos, atribuímos pouco valor cultural e arquitetônico a essa prática. Em contrapartida, as habitações construídas por programas governamentais são majoritariamente genéricas. Os tamanhos e tipologias visam atender um único modo de morar e um perfil predeterminado de família nuclear. Um projeto de habitação social que não considera as demandas culturais e pluralidade dos seus moradores ignora as implicações políticas da edificação e consequentemente contribui com o status quo. Portanto, através de pesquisa bibliográfica sobre autoconstrução aliada ao pensamento filosófico de Martin Heidegger sobre habitar e estudo de caso, o presente artigo pretende propor a análise do habitar nos processos de autoconstrução como forma de compreender o modo de morar da população de baixa renda e de aperfeiçoar técnicas de construção vernaculares, além de explorar a função social do arquiteto nesse cenário.
Volume Editors
ISBN
978-1-944214-31-9