Aplicação de Parques Lineares na recuperação ambiental de comunidades carentes: Caso Rio das Pedras

Terceira maior comunidade do Rio de Janeiro com 88.000 habitantes, o adensamento de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, se deu principalmente por razão dos investimentos imobiliários realizados em bairros adjacentes à comunidade nos anos 80, o que resultou na vinda de milhares de migrantes nordestinos em busca de oportunidades de emprego. Entretanto, a rápida urbanização da comunidade, ocupando desordenadamente as margens do rio e da Lagoa da Tijuca, causou problemas não somente no assoreamento e poluição dos corpos hídricos, mas também aumentou a geração de escoamento superficial das águas pluviais, que têm dificuldade de drenagem em virtude da topografia plana local e restrição de descarga imposta pelos níveis d’água da Lagoa. Além disso, visto que a favela foi assentada sobre solo turfoso e em cota muito baixa em relação ao nível do mar, Rio das Pedras sofre anualmente com relação às cheias, causando riscos à saúde e aos bens da população. Dessa forma, como resposta à falta de espaços de lazer e aos problemas ambientais existentes na região, o presente artigo propõe uma interação com o eixo temático Fragilidades e Desigualdades, do UIA2021RIO, através da apresentação de uma proposta de requalificação urbana para a comunidade. A proposta é a elaboração de um Parque Linear nas margens de seu rio principal, o rio Das Pedras, com vistas à melhoria ambiental, proporcionando também um extenso ambiente de lazer, utilizando os conceitos de conectividade e resiliência.

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ISBN
978-1-944214-31-9